quarta-feira, 8 de julho de 2009

A nossa 1ª aventura.

Olá.


A nossa aventura começou o ano passado, mais concretamente em Agosto.

Duas famílias, de férias, em direcção a Armação de Pêra e ao Litoral Alentejano, a Vila Nova de Milfontes.


A viagem foi bastante divertida e todos sentíamos uma enorme curiosidade e ansiedade em relação ao que nos esperava.


Chegados ao parque de campismo de Armação, e após as formalidades obrigatórias, desatamos todos a correr em direcção àquele que iria ser o nosso “santuário” durante os próximos dias e que, como iremos contar mais adiante, se iria transformar no berço da nossa irmandade.


Pois é, nesse mesmo dia, ou melhor dizendo nessa mesma noite, após a nossa primeira saída para os cafézinhos dos pais e gelados dos filhos, começamos a ouvir sons muito estranhos provenientes da parte de trás do nosso bungalow.


No dia seguinte, pelo pequeno almoço, estes sons foram motivo de conversa e se das sete pessoas presentes três se esqueceram de imediato do tema, quatro houve que não o fizeram. Assim, durante o dia e sob o sol escaldante da praia de Armação, os quatro, decidimos que iríamos investigar o sucedido.


O dia passou cheio de animação, sol e muitos mergulhos. Chegados à noite e logo após o jantar, juntamo-nos para criar a nossa irmandade. Nascia assim a IRMANGAP – Irmandade dos Guerreiros de Armação de Pêra e se dúvidas há quanto à utilização do termo “irmandade”, uma pequena busca nos dicionários mostrar-vos-á que não podíamos ter escolhido termos mais apropriado.


Apresentem-nos:


- Nos’Len, 37 anos, Guerreiro


- Car’Ujo, 9 anos, Mini-Guerreira


- Gui’Lex, 7 anos, Mini-Guerreiro


- Gus’Uno, 5 anos, Mini-Guerreiro



Não pensem que ao considerarmos “mini” três dos nosso guerreiros os estamos a diminuir na sua importância, coragem ou bravura, pelo contrário (!), como irão verificar mais à frente, estes guerreiros são apenas “mini” na sua idade porque na valentia são, sem dúvida, os maiores guerreiros que os dias de hoje conhecem.


Continuando... Saímos. Fomos passear. Armação à noite é apaixonante! O vai e vem de pessoas nos passeios à beira-mar, os sons e luzes provenientes das esplanadas repletas de turistas, os índios com as suas flautas e melodias a tocarem músicas tradicionais que nos transportam até às suas terras altas onde o ar é puro e o tempo parece ter parado, as lojas “de rua” cheias de coisa nenhuma que nestas alturas fazem as delícias dos miúdos e dos graúdos. Enfim, a alegria das férias de Verão!


Regressados ao parque é Car’Ujo quem descobre a identidade do monstro que assombrava o nosso bungalow. “GROM” (nome mais do que apropriado...).


Car’Ujo descobre também a idade e os objectivos de Grom. De pouco nos serve dizer, aqui, que a sua idade, ao contrário do que dizia ter, 7 anos, era na realidade incalculável. E os objectivos? Simples, assombrar todos quantos conseguisse.


Os dias decorreram quase todos iguais, de manhã praia, à tarde mais praia e piscina, à noite passeio pela marginal e ao final da noite mensagens estranhas do Grom e os seus horripilantes sons guturais que não nos deixavam dormir descansados e que a todos assustavam.


É quando começamos a perder a esperança de conseguir combater o monstro, e este começa a alargar o território assombrado, que Gui’Lex descobre aquilo que, até hoje, acreditamos ser a imagem dele!


Numa árvore, sob o lusco-fusco do belíssimo entardecer de Armação, Gui’Lex descobre um rosto, horrível, aterrador.


Foi graças a esta descoberta, e às reuniões regulares que tínhamos, que percebemos (ou pensávamos ter percebido) como deter Grom.


A semana estava a chegar ao fim e foi na última noite, antes de partirmos para norte em direcção à costa Alentejana, que decidimos desferir o derradeiro golpe.


Juntamo-nos ao entardecer munidos de uma câmara de filmar, para comprovar os nossos actos; uma reza antiga que Nos’Len, o nosso mais “antigo”, tinha descoberto num dos seus muitos livros; “pão!” (pelo que apurámos esta reza serviria para saciar o monstro) e muita coragem!!! O nosso destino? A nossa missão? Acabar com o Grom!


É visível na gravação realizada a nossa frustração e desolação pelo insucesso da nossa missão, assim como o medo que logo se abateu sobre nós.


Lembram-se do “mini”? Pois é, foi o mais “mini” dos nossos guerreiros, Gus’Uno, quem com a sua coragem e valentia reuniu as forças necessárias para nos motivar a todos a intentar uma vez mais contra a besta!




“Vem Luz e leva-o...


... matas a fome com pão.


Vem Luz e leva-o,


Vem e mata o Grom!”


Vai GROM!!! Vai!!! CONSEGUÍMOS!!!!!




Com estas palavras e imensa coragem e alegria, terminava o reinado daquele que, mais tarde viemos a saber, assombrava o parque de Armação de Pêra desde a sua inauguração, há mais de 50 anos.


Nós, bem como os restantes elementos da nossa família que nos seguiram durante a esta nossa aventura, estávamos felizes, radiantes.


No dia seguinte a par da felicidade e ainda não totalmente refeitos das emoções da noite anterior, começamos a sentirmo-nos tristes... todos temíamos que a nossa Irmandade terminasse por aqui...


Durante a semana seguinte, já em Vila Nova de Milfontes, o Grom foi tema diário das nossas conversas. Felizmente, ou não, nada de especial (entenda-se horrível) aconteceu e assim, sem mais sobressaltos, as nossas férias chegavam ao fim.


Passado quase um ano decidimos contar a nossa história. As férias de Verão 2009 aproximam-se e à imagem do ano passado, uma vez mais, a Irmandade vai-se JUNTAR!!


Porque é que decidimos revelar a nossa história?


Quem sabe se alguma “entidade” não a lê e decide pôr-nos á prova?


Nós? Nós estamos prontos! Nós somos a...






...IRMANDADE DOS GUERREIROS DE ARMAÇÃO DE PÊRA